“Gerir estoque no escuro é como correr de olhos vendados: até dá para manter o ritmo por um tempo, mas a queda é certa”
*Por André Teté, head de inovação da VR Software
Outro dia, um supermercadista me disse: “Aqui a gente vende bem, o problema é que não sei onde estão meus gargalos.” Essa frase é mais comum do que parece, e muito perigosa também. Porque gerir estoque no escuro é como correr de olhos vendados: até dá para manter o ritmo por um tempo, mas a queda é certa.
No passado, bastava controlar o volume. Hoje, é preciso controlar o valor. E para isso, no mercado moderno, precisamos usar as novas tecnologias que permitem maior eficiência, precisão e controle sobre os produtos.
São sistemas como o Enterprise Resource Planning (ERP), responsável por tornar a gestão mais organizada e eficiente; Customer Relationship Management (CRM), que torna o relacionamento com o cliente mais otimizado; e o Business Intelligence (Bl), capaz de registrar dados e transformá-los em informações que auxiliam na tomada de decisões estratégicas. Sem eles, você tem um armazém. Com eles, você tem um negócio que pensa.
O ERP conecta setores, entende saídas e entra-das, antecipa rupturas. O CRM conhece o cliente pelo nome, pelo hábito e pelo carrinho. E o BI transforma tudo isso em estratégia. O resto é feeling – e feeling sem dados é aposta.
Empresas como o Carrefour já usam a Inteligência artificial (IA) para prever picos de demanda com até 95% de precisão. Isso não é luxo. É eficiência. E eficiência, no supermercado, tem cheiro de gôndola cheia e perda controlada. Agora imagine isso em um negócio que fornece para pequenos, médios e grandes varejistas, como os distribuidores de bebidas?
Estoque não é lugar de exagero, nem de escas-sez. É lugar de precisão. Aquele ponto doce entre o “faltou” e o “sobrou”. E para isso, planilha não basta. É preciso sistema, integração e visão.
No fim, quem vende não é só o preço. É a experiência de encontrar o que se procura e voltar confiando que estará lá de novo.
Porque no supermercado, no bar ou na distribuidora de bebidas do futuro, que já chegou, tecnologia não é tendência. É sobrevivência.
*Por André Teté, head de inovação da VR Software